Quando alguém nos avalia e se reconhecermos alguma capacidade a essa pessoa para nos avaliar, obrigatoriamente pensamos naquilo que podemos fazer melhor.
Na minha avaliação, um dos pontos que me foi indicado como “ponto a melhorar” foi a minha comunicação. O mais estranho é que isto foi a primeira vez que me aconteceu.
Eu sempre fui espontânea, verdadeira e muito directa na minha vida profissional e estas características sempre me foram apontadas como um dos meus pontos fortes. No entanto, tudo mudou quando há um ano: comecei a ouvir que talvez seja demasiado directa e que isso pode ser considerado como impertinência ou falta de maturidade, então, decidi mudar o meu comportamento num género de coaching.
O mais idiota é que agora, e como eu deveria ter previsto, esta minha adaptação começou a ser vista um pouco como falsa.
De facto, eu posso mudar o meu comportamento, mas há algo que faz parte de mim…sempre tive completa aversão à falsidade. Eu sou muito expressiva e dizem-me recorrentemente que a minha cara não engana, por isso, mesmo que me expresse através de eufemismos, simplesmente, não soa bem…
Então tomei uma decisão: vou voltar a ser eu, com tudo de bom e de mau que possa advir daí. Embora eu acredite que o resultado só pode ser bom, nem que seja só para mim.
Eu sei ser cínica e hipócrita e sei jogar, como toda a gente. É normal. Mas não o quero ser, não faz parte da minha formação e nem tenho paciência para isso.
Já experimentei e não gostei. Agora chega, “arrebenta” a bolha, não quero brincar mais.
Vou voltar a ser eu, em estado puro, bruto ou lá o que me quiserem chamar.
Há 7 anos